werner bischof
erner Bischof morreu jovem mas deixou uma significativa obra fotogrfica.
Nascido em 1916 na Sua, j com dezesseis anos passou a freqentar a Escola de Artes e Ofcios de sua Zurique natal. Ali aprendeu desenho e pintura com Alfred Willimann e fotografia com Hans Finsler. Seus primeiros trabalhos so estudos formais beirando o abstrato, que lhe serviro de base esttica para o mergulho no contedo que vir mais tarde. Decidido a seguir a carreira de pintor, Bischof mudou-se para Paris em 1939. Mas comeou a guerra e ele retornou para a Sua, convocado pelo exrcito. Sem muito tempo para pintar, continuou fotografando, e em 1941 foi convidado por Arnold Kbler para publicar na recm-lanada revista Du. Por mais de dois anos, seus trabalhos apareceram nas pginas de Du, ainda com predominncia da preocupao formal.
Terminada a guerra, Bischof resolveu viajar pela Europa devastada, e a sua fotografia mudou radicalmente. Como voluntrio de organizaes internacionais de ajuda, visitou a Itlia e a Grcia entre 1946 e 1947, e no ano seguinte explorou a Europa oriental. Suas reportagens fotogrficas comearam a ser conhecidas internacionalmente e em 1949 Bischof, agora casado com a italiana Rosellina, mudou-se para a Inglaterra, onde colaborou com o Picture Post e o Observer. No ano seguinte juntou-se agncia Magnum.
Em 1951 comeou a publicar reportagens na revista Life, sobre a fome na ndia, a guerra da Coria, e outros temas de impacto jornalstico. Fascinado pelo oriente, fez um grande ensaio fotogrfico sobre o Japo antes de partir para a Amrica do Sul, seu prximo assunto. Mas em 1954 um acidente de jeep nos Andes matou Werner Bischof. Sua obra fotogrfica, porm, j havia deixado marcas de um estilo todo prprio, que faria escola. A melhor definio dele mesmo, numa carta a Rosellina quando estava trabalhando na ndia: "O que eu vejo, o que relato, vale a pena ser mostrado, mas no do ponto de vista puramente artstico. O que chamamos de belas fotos so geralmente estticas, e ao fazer clichs perfeitos corremos o risco de cair numa armadilha, a de perder a vida multicolorida e inquieta. Mas por que no fotografar uma histria humana positiva sem excluir a beleza?"